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“Poder formal está bem, é da Dilma. Poder de fato, é o Lula”, afirma o ex-governador de São Paulo José Serra, que já disputou nas urnas com Lula e Dilma. O tucano, que aparece na 38a posição, se diz satisfeito com sua própria colocação na lista.
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), vai na mesma linha de seu colega de partido e diz que Lula ainda sai “no lucro”, já que manda sem ter que enfrentar os percalços próprios do cargo. “Eu acho que Lula tem mais poder que Dilma, porque ele manda sem ter a chateação de ter que governar. Ou seja, ele sai no lucro. Ele manda na Dilma, ele manda no partido, no capital financeiro, nos fundos de pensão e em mais um monte de coisas”, disse o senador.
Opinião um pouco divergente no campo da oposição é a do líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado. Embora ele defenda que Lula tem mais “poder político” que Dilma, o “peso da caneta” justifica a primeira posição para a presidente. “Acho que a gestão é feita de acordo com a cabeça dela. No campo político ela sempre pede uma mãozinha lá para o Lula. Mas eu não mudaria esse posicionamento. O Brasil é um país presidencialista. Quem tem a caneta tem o poder, principalmente diante do pragmatismo da política brasileira”, criticou Caiado, que ainda alfinetou: “Sempre tem uma disputa da criatura com o criador”.
Líder do PSB na Câmara e um dos principais articuladores da campanha presidencial de Eduardo Campos, o deputado Beto Albuquerque (PSB) diz não se surpreender com o fato de Dilma liderar o ranking dos mais poderosos. “É natural. São poderosos