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A Avenida Cinquentenário

As primeiras ruas de uma cidade são páginas que contam a história de seu nascimento, suas lutas, sua evolução. Guardam em sua memória as lembranças do passado, desvendadas constantemente por seus passantes. As primeiras ruas formam o centro da aglomeração nascente e, de maneira geral, se tornam o centro da futura cidade. Foi o que ocorreu com a avenida Cinqüentenário, palco de reminiscências e centro nevrálgico da Itabuna de hoje.

A avenida Cinqüentenário se constitui na via de maior circulação no centro da cidade. Em 1901, o que é hoje a avenida era um simples traçado que partia de uma lagoa existente onde se localiza a praça Adami e que, em época de cheias do rio Cachoeira, era uma alternativa segura para se alcançar a sede do Conselho Municipal, localizado nas proximidades do atual edifício Atlanta Center, pois a rua da Areia, que lhe dava acesso, ficava submersa.

O trecho da atual avenida entre o Jardim do Ó e a praça Adami chamava-se rua da Lama (foto ao lado) porque, além de não ser calçada, chegavam até ela dois riachos vindos de uma área elevada, onde hoje se encontra a Igreja Maria Goretti, no bairro Mangabinha: um desaguava no rio Cachoeira, próximo à ponte César Borges e o outro passava pela, hoje, praça Camacan. Quando chovia, a situação piorava, dificultando a passagem de pedestres e veículos. Em 1912, o intendente Antônio Gonçalves Brandão urbanizou a área, retirando os casebres, entulhando brejos. Mais tarde a rua passou a se chamar rua Sete de Setembro. O trecho situado entre o edifício comendador Firmino Alves, na esquina da praça Adami com a avenida Cinqüentenário até o santuário Santo Antônio, era chamado de rua do Buri, devido a existência de uma palmeira de coco buri ali situada, e depois passou a se chamar de rua J. J. Seabra. No entanto, seu primeiro nome oficial, dado na reunião do Conselho Municipal de 25 de janeiro de 1908, foi Henrique Alves, e só depois J. J. Seabra. Esta rua foi abrigando cada vez

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