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DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS ACERCA DO TERCEIRO SETOR E SERVIÇO SOCIAL: entre o novo trato da questão social e a negação da solidariedade de classe
INTRODUÇÃO
“Surgindo” em um contexto de desmonte dos direitos sociais, o pensamento neoliberal justifica – por meio do discurso da “solidariedade social” – a expansão do terceiro setor como resposta alternativa no trato da questão social. Perpassado por interesses classistas, o aumento de instituições que integram o rol desta suposta esfera, oscila entre o interesse de grandes capitalistas, que buscam através do desenvolvimento da filantropia empresarial, entre outras coisas, difundir uma boa imagem, na sociedade, de suas instituições, passando pelas
ONGs que surgem atreladas aos movimentos sociais as quais possuem, por assim dizer, um espírito mais revolucionário, sendo mencionadas, inclusive, instituições como seitas religiosas.
Essa primeira ideia do que engloba o terceiro setor na sociedade, mostra-nos uma complexidade no que se “esconde” por trás deste suposto “setor”.
Esse estudo acerca do terceiro setor como trato alternativo da questão social, não possui o desejo de enquadrar ou excluir instituição nesta suposta esfera social, o que se apresenta aqui é na verdade uma analise crítica sobre os interesses que perpassam a dialeticidade e as contradições de um recorte conjuntural que suscita nos indivíduos uma nova idéia de “solidariedade social”, sendo esta permeada pela negação da solidariedade de classe, em que os direitos sociais são transmutados – na orbita do terceiro setor – em filantropia
(ações desenvolvidas pela sociedade civil) em que se perde o reconhecimento do pertencimento de classe.
Aqui buscamos enfatizar quais são os dilemas e contradições apresentadas ao(a) assistente social nas instituições que “integram” o terceiro setor, retratando de forma mais profunda o trato da questão social por meio da filantropia. Por fim, destacamos a construção do
Projeto Ético-Político do Serviço Social (PEPSS), o

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