5 Minutos

Cinco minutos
Cinco minutos foi o tempo que o rapaz se atrasou, para tomar seu ônibus atrasado. Bastaram-se cinco minutos para que ele conhecesse a estranha pela qual se apaixonaria.
Foi quando sentou ao seu lado, e sentiu aquela mulher que ainda nao tivera visto a face permitir a ele o que só se permite ao homem que se ama. Non ti scordar di me, foi o que disse a ele quando saiu depressa do ônibus.
Foi preciso 15 dias para que após muita procura houvesse enfim um fio de esperança, num baile novamente ouviu non ti scordar di me. Passados mais 15 dias encontrou-a finalmente no teatro, que apresentava Traviata, ela fugiu e deixou apenas seu lenço molhado com as lagrimas de quem queria amá-lo mas se privava daquela alegria.
Recebeu uma carta, dela, que dizia: “Julga mal de mim, meu amigo ; nenhuma mulher pode escarnecer de um nobre coração como o seu. Esqueça-me.” Ele seguiu em uma viagem, buscando acatar o pedido da amada, não conseguiu e lamentou os nove dias que passara caçando ao invés de lutar pelo amor que sentia.
Voltou e se viu feliz ao ler a carta que ela havia deixado dois dias antes de sua volta. Ela estava em Petrópolis, logo embarcou ao seu encontro.
Após especular com um criado do hotel se haviam chego duas mulheres, mãe e filha, encontrou a morada dela. Foi a primeira vez que se falaram, foi a primeira vez que ele a viu, e como presumira era bela.
No dia seguinte, mais uma carta, essa agora lhe contava qual o motivo pelo qual se privara da alegria daquele amor, que havia certo tempo ela mantinha aquele sentimento, que o esperava todos os dias passar por sua janela para vê-lo mesmo que de longe. Revelara seu nome ao fim da carta: Carlota. Ela estava doente. Partiria em um paquete para a Europa e disse a ele: “Parti hoje de Petrópolis, sem prevenir- te e coloquei entre nós o espaço de vinte e quatro horas e uma distância de muitas léguas.”
Partiu atrás dela e enfrentou muitos contratempos, por sua falta de calma talvez, tenha perdido o