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841 palavras 4 páginas
Painel Geral 51
Lei da queda da taxa de lucro

No capítulo 26 de sua famosa obra Rosdolsky nos diz: que os textos de Marx trazem soluções para vários dos problemas da ciência econômica, inclusive o da queda tendencial da taxa de lucro. O filosofo e economista alemão pode nos ajudar nessa importante questão a partir da análise crítica da teoria de Ricardo. Como todos os clássicos, Ricardo alerta que “a tendência natural do lucro é cair” na medida que o capital se acumula (Rosdolsky: 2001, 315).
Ricardo vai além das explicações smithianas. Para Smith, a queda da taxa de lucro é uma decorrência do aumento dos capitais, conseqüentemente, fruto da concorrência entre os capitais. Ricardo retrucou, dizendo que nos diversos setores produtivos a concorrência pode reduzir as taxas de lucro até um nível médio, ou seja, pode nivelar as taxas, mas não pode fazer cair essas taxas médias.
Pergunta Rosdolsky: Qual é, segundo Ricardo, a lei interna que produziria à queda na taxa de lucro?
Sabemos que Ricardo não diferencia capital constante e variável, assim como taxa de lucro e de mais-valia. Além disso, na visão ricardiana, lucros e salários só podem aumentar ou diminuir em proporção inversa. Daí surge a idéia de que “a acumulação de capital não pode provocar uma queda permanente no lucro se não houver uma causa permanente para o aumento dos salários (Rosdolsky, 2001:315). Mas, sob quais condições o valor do salário (que, para Ricardo, como regra geral, é igual ao preço dos meios de subsistência necessários aos trabalhadores) pode aumentar, permanentemente, de maneira que aumente a parte da jornada de trabalho durante a qual o trabalhador trabalha para si, enquanto diminui a parte que ele cede gratuitamente ao capitalista? (Rosdolsky, 2001:315/6)
Isso “só é possível (...) se aumenta o valor dos meios de subsistência nos quais o salário é gasto. Ora, por causa do desenvolvimento da produtividade do trabalho, sabe-se que o valor das mercadorias industriais diminui

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