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Fig.4 - A Cadeira Panton, 1968
Muitos confundem “cadeira” com “poltrona”. Cadeira é para sentar, comer, esperar, estudar e até trabalhar, com o corpo em que as pernas e o torax ficam perpendiculares ao assento, numa angulo de mais ou menos de noventa graus. Isso é uma “cadeira”.
Poltrona é algo mais confortavel, é para descansar, longamente conversar, esperar sem cansar, relaxar. A função da cadeira não é a da poltrona e suas medidas e angulos ergnomicos são totalmente diferentes. È quase impossivel sentar numa poltrona e junto à mesa, comer com dignidade; assim como também não é conveniente, ficar um longo periodo de tempo conversando numa sala em cima de uma cadeira, o corpo vai reclamar.
Portanto em se tratando de cadeira”chair” e não de poltrona”easy chair” a Panton de 1968, é a cadeira do século XX, assim como foi a Thonet 14, no século XIX. Ambas representam, com a diferença mais ou menos de 100 anos, a mudança tecnológica e industrial que o mundo passou, nos séculos XIX e XX.
O dinamarquês Verner Panton era tão inconformista que começou a sua vida profissional nos anos 1950, fazendo da sua Kombi um escritorio volante e percorria a Europa oferecendo os seus serviços. Quando se estabeleceu na Dinamarca, ditou as regras do seu trabalho: o inconvencional. Foi quando surgiu a célebre Poltrona Cone em 1958, desafiando todas as regras estabelecidas para os moveis de sentar até então desenvolvidos: a Cone desafiava as leis da gravidade. Foi tanto a repecurssão que ao ser exposta numa vitrine em Nova York, congestionou o trânsito pelo acumulo de pessoas em frente da loja que olhavam estupefatas para tal loucura futurista.(ver imagens)
Verner Panton junto com o finlandês Arne Jacobsen e o italiano Joe Colombo, podem ser considerados como os mais notaveis talentos inovadores de Design de mobiliario do século XX. Panton era um visionario, quase um anarquista da arquitetura e do Design, não admitia a mesmice e só se importava com a inovação e liberdade

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