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A escola daqui a 10 anos
DE SÃO PAULO
08/04/2014 03h00
E se daqui a 10 anos a vida fosse muito parecida com a que vivemos hoje?
Se, por exemplo, o mercado de trabalho funcionasse como o conhecemos: com a oferta de empregos em empresas que teriam carga horária semanal predeterminada e horários de entrada e saída idem -com alguma flexibilidade- e com a possibilidades de horas extras de trabalho para os funcionários darem conta das tarefas exigidas?
Se, nessas empresas, os trabalhos exigissem uma formação acadêmica específica e as tarefas em equipe fossem realizadas como têm sido frequentemente hoje, ou seja, com um chefe -ou líder, como gostam de nomear as corporações que se pretendem inovadoras, mas que age como chefe mesmo, organizando sua equipe, cobrando e dividindo o trabalho entre os integrantes dos setores de modo que os resultados sejam parecidos com um "Frankenstein", como é feito hoje?
Se os conhecimentos mais valorizados nos empregos fossem prioritariamente os técnicos e os especializados, adquiridos nas escolas, e se o acervo cultural das pessoas não fosse sequer averiguado, como hoje acontece?
E os cursos universitários? Seriam os mesmos de hoje, com pequenas variações, mas com funcionamentos tradicionais e direcionados a um mercado já estabelecido e estável.
E a tecnologia? Claro que esperamos que ela avance ainda mais, mas os aparelhos continuariam os mesmos, a maneiras de utilizá-los também, com uma pequena novidade a cada novo modelo. Exatamente como acontece, em geral, hoje.
Ah! E o uso da criatividade em qualquer função profissional? Seria como hoje, ou seja, um discurso interessante e estimulante que, na prática, cede espaço ao tradicional e ao conhecido.
Se o mundo, daqui a uns 10 anos, fosse exatamente assim, aí faria sentido todo nosso esforço para que a escola brasileira continuasse funcionando da mesma maneira.
Faria sentido, por exemplo, que os pais que têm recursos suficientes investissem tudo o que podem -e às

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