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Primeiramente, ele repassa criticamente as matrizes, mimeticamente assumidas, do pensamento administrativo latino-americano, com seus enfoques jurídico, tecnocrático, comportamental, desenvolvimentista e sociológico. Em um estudo dessa natureza, não é muito fácil chegar aos resultados a que Benno chegou, a não ser que se mobilize todo o esforço reflexivo e toda a experiência acumulada em décadas de reflexão e de prática. Na verdade, Benno, como qualquer outro autor, corre um enorme risco: o do ecletismo. No entanto, com rara felicidade, sem fazer média com todas as teorias e suas estruturas significativas, Benno consegue integrá-las numa “síntese orgânica,” que incorpora as contribuições das diversas formulações, depura seus aspectos alienados/alienantes e as transfigura em componentes de uma proposta de administração educacional inovadora que, sem dúvida nenhuma, faz avançar a reflexão e, certamente, fará avançar a própria ação neste campo. É possivel valorar a educação em termos substantivos ou políticos e em termos instrumentais ou acadêmicos. A qualidade substantiva da educação reflete o nível de consecução dos fins e objetivos políticos e culturais da sociedade. A qualidade instrumental define o nível de eficiência e eficácia dos métodos e tecnologias utilizados no processo educacional. Também é possível valorar a educação em termos individuais e em termos coletivos rimeiro, Benno é um dos poucos autores do nosso meio que adota a saudável prática de pedir a outros colegas que leiam seus textos antes que eles sejam publicados. Esta atitude, além de denotar grande segurança pessoal, é reveladora de um elevado respeito profissional para com seus pares, ao valorizar suas contribuições e análises. Autor e Leitor estabelecem, neste momento, um diálogo de mútuo enriquecimento. Esta prática, sumamente saudável, deveria ser adotada por todos nós.

Segundo, a partir de sua experiência internacional como alto funcionário da OEA, Benno tem conseguido incorporar as

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