1ª História

Num belo dia de agosto, chuvoso, Ana-lee uma bela menina de olhos claros, cabelos soltos lisos e loiros, vai caminhando pela rua a fora, buscando entender os inúmeros porquês que vem em sua cabeça. Ela anda mais um pouco e encontra uma linda flor, amarela e pode perceber o quão lindo é aquela humilde planta. Anna- Lee tinha apenas onze anos, e mesmo sendo tão jovem, ela sempre demonstrava muito preocupada com sua família, seus amigos, além disso, não passava um dia sem antes conversar com seu fiel companheiro Boille, o pequeno peixinho que cuidava. A pequena morava com seus pais, Tom e Jane e com seus irmãos Johnny e Lisa. A sua vida era normal, como qualquer outra pessoa que morava em Los Angeles no ano de 1915.
Os dias em Los Angeles eram calmos, muito calmos, tempos em que ainda a mulher dependia muito do marido. Anna Lee sempre quis ser diferente das outras moças de 18 anos, afinal não concordava com a idéia de seu pai não deixá-la estudar no RJ, pois o pessoal daquela época dizia que a mulher tem apenas de saber fazer os afazeres do lar, cuidar dos filhos e marido, além disso, os governantes eram escolhidos por meio de coronéis, ou seja, se Pedro trabalha para José Armando, ele tem de votar nele, e assim sucessivamente.
No seu quarto, Anna-Lee sempre se questionava: Pra que fazer isso? Eu sinceramente não entendo, poxa vida, esses coitados não tem nem direito de escolher quem querem eleger para governar a cidade, e papai quer que eu fique noiva do Gustavinho, filho do Capitão Augusto Berdinazze, poxa vida eu queria mesmo era o Rafinha, filho do Coronel Otávio, mas se papai sabe, é capaz de matá-lo. Uii, nem quero pensar nessas besteiras.
Já tentei falar com a mamãe, mas ela atende tudo o que papai diz, e eu já não estou mais agüentando.