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A CONTABILIDADE CRIATIVA
A expressão “Contabilidade Criativa” tem vindo a ser usada há já alguns anos e começa a fazer parte do vocabulário dos profissionais e investigadores da contabilidade.
O termo “Contabilidade Criativa” resulta da tradução da expressão inglesa “Creative Accoun- ting” e o seu aparecimento ocorreu na década de 80.
A título indicativo, apareceram outras expressões menos usadas que pretendem traduzir a mesma realidade, como sejam as de “Contabilidade Imaginativa”, “Contabilidade de Inten- ção” e “Contabilidade de Conveniência”.
De acordo com Amat Sallas e D. Blake, a Contabilidade Criativa consiste em manipular a informação contabilística para se aproveitar dos vazios das normas existentes e das possí- veis escolhas entre diferentes práticas de valorimetria oferecidas, transformando-se as con- tas anuais que têm que ser naquelas que quem as prepara prefere que sejam.
A Contabilidade Criativa é, essencialmente, um problema de uso de normas, donde a flexibi- lidade das mesmas e as omissões dentro delas podem fazer que as demonstrações finan- ceiras pareçam algo diferentes do que estava estabelecido por essas normas, ou seja, con- siste em dar voltas às normas até encontrar uma escapatória (M. Jameson).
O termo “criativo” ou o seu feminino “criativa” quando se aplica a algo significa que existe ou se tem capacidade de inventar. Assim, se a contabilidade tem como objectivo fornecer informação sobre a situação e o desenvolvimento das empresas aos seus utilizadores, poderia especular-se com o termo de que se à contabilidade se acrescenta o aditamento de criativa, está-se a outorgar a aptidão de inventar ou criar informação.
De notar que esses vazios e ou diversidades de normas contabilísticas possibilitam que a
Contabilidade Criativa se desenvolva dentro da legalidade vigente. Queremos com isto dizer que a Contabilidade Criativa nada tem a ver com práticas contabilísticas irregulares (v.g. fraudes). Assim, a Contabilidade

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