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Conclusão

Tendo demonstrado o entendimento do senso comum das palavras ceticismo e cético, e sem desconsiderar este entendimento completamente, nosso objetivo inicial foi tratar o significado original do ceticismo. Para tal foi necessário enveredarmo-nos pela instigante história do ceticismo.
Começamos pela Antigüidade e demonstramos que antes de haver escolas
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0912796/CA

céticas já havia concepções e argumentos céticos que poderiam ser identificados não só em doutrinas filosóficas, mas também em máximas dos Sete Sábios e frases de tragediógrafos. Além disso, há filósofos que podem ser considerados proto-céticos e que influenciariam a elaboração de argumentos da escolas céticas, notadamente os argumentos que conjeturavam haver uma submissão do conhecimento ao sujeito cognoscente e às circunstâncias em que este se encontra.
Passamos em seguida à controversa vida de Pirro, a quem se atribui a fundação do ceticismo. Pirro foi um pensador proeminente no Helenismo e sua vida influenciou vários filósofos do período e além dele. A Pirro supostamente cabe a submissão da abordagem antitética quanto a toda filosofia a uma meta de vida definida negativamente. Esta meta de vida, a imperturbabilidade (ataraxia) é por sua vez ligada à cessação de todo discurso (aphasia) e de toda atividade (apraxía).
Apesar de nada ter escrito, Pirro foi acompanhado por discípulos que se preocuparam em passar a diante a filosofia do mestre, a estes cabem os primeiros escritos sobre Pirro. Estes discípulos por sua vez se dividiram em quatro grupos, céticos, eféticos, aporéticos e zetéticos. Alguns chegando inclusive a influenciar a
Academia que, na fase Média, entra em fase cética. Os argumentos do ceticismo
Acadêmico ganham cada vez mais terreno no combate à filosofia da Stoa, e quando a própria Academia entra em fase “estoicizante”, com Philo, Enesidemo é quem definitivamente reivindicará um novo e mais radical ceticismo em que Pirro se

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