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1567 palavras 7 páginas
Universidade federal do Pará
Faculdade de Geografia e Cartografia

Disciplina: Antropologia Cultural
Docente: Telma Amaral
Discente: Nil Gomes Araujo

1 – O que Roberto da Matta, quis dizer com a seguinte frase: De tal modo que vesti a capa de etnólogo é aprender realizar uma dupla tarefa, que pode ser grosseiramente contida nas seguintes frases: TRANSFORMAR O EXOTICO EM FAMILIAR E TRANSFRMAR O FAMILIAR EM EXOTICO. Para entendermos corretamente este termo que o autor usa, precisamos primeiramente saber quais as formas que ele usou para chegar neste tema, o próprio texto nos aponta três tipos de fases fundamentais para se trabalhar no cotidiano diante de sua pesquisa. A primeira se caracteriza na fase teórico-intelectual quando não se tem nenhum contato com o objeto do estudo, onde há um divórcio entre o futuro pesquisador e a tribo, classe social, mito, etc. que fazem parte daquilo que se procura ver, encarar, enxergar, explicar, etc. Divórcio que não é pela ignorância do estudante. Ele é um excesso de conhecimento teórico, universal e mediatizado não pelo concreto específico, mas pelo abstrato e não vivenciado: livros, artigos, ensaios dos outros. Nesta fase, as aldeias são diagramas, os matrimônios são desenhos geométricos simétricos e equilibrados. Muito pouco se pensa em coisas específicas que dizem a respeito da própria experiência quando o conhecimento é permeabilizado por cheiros, cores, dores e amores. Perdas, ansiedades e medos que os manuais não recolhem. A segunda fase é do período prático que ocorre na antevéspera de pesquisa e se dá em circunstâncias que acarretam mudanças dramáticas, e se passa de teorias universais para os problemas mais banalmente concretos, e tem a ver com questões de logística da pesquisa: quanto arroz levarei, que tipo de remédios, onde vou dormir, comer, etc. quando for ao campo. Coisas que não são nada agradáveis, mas quando o nosso treinamento é excessivamente teórico, já não se

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