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Dimensões da Precarização Estrutural do Trabalho

Já se tornou comum dizer que a classe trabalhadora tem sofrido por muitas mudanças, tanto nos países centrais como no Brasil. Sabemos que quase um terço da força humana disponível para trabalho, em escala global, ou se encontra exercendo trabalhos parciais, precários, temporários, ou já vivenciava a barbárie do desemprego. Mais de um milhão de homens e mulheres padessem as vicissitudes do trabalho precarizado, instável, temporário, terceirizado, quase virtual, dos quais centenas de milhões tem seu cotidiano moldado pelo desemprego estrutural.
Por outro lado, o cada vez menos homens e mulheres trabalham muito em virtude das mudanças provocadas pela Revolução Industrial que formou o capitalismo do século xx. Como entretanto os capitais não pode eliminar completamente o trabalho vivo, consegue reduzí-lo em várias áreas e ampliá-lo em outras, como se vê pela crescente apropriação da dimensão cognitiva do trabalho. Encontrados aqui traços da perenidade do trabalho. Se nos países do Norte ainda podemos encontrar alguns poucos resquícios do Welfare State, do que um dia denominamos Estado de Bem-Estar Social – ainda que o padecimento do trabalho e o desempregotambém sejam seus traços ascendentes -, mais, entre a busca quase inglória do emprego ou o aceite de qualquer labor.
Na China, país que cresce em ritmo estonteante, dadas a tantas as tantas peculiaridades de seu processo de industrialização hipertardia- que combina força de trabalho sobrante e hiperexplorada com maquinário industrial-informacional em lépido e explosivo desenvolvimento-, também lá o contingente mais proletáriovem se precarizando intensamente, sofrendo forte redução, em decorrência das mutações em curso naquele país. Segundo Jeremy Rifkin², entre 1995 e 2002 a China perdeu mais de 15 milhões de trabalhadores industriais. Não é por outro motivo que o PC Chinês e seu governo estão assustados também com o salto dos protestos sociais, que

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