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MITO E FILOSOFIA

Indagar sobre a origem do mundo e sobre o significado das coisas que existem sempre foi uma tarefa do homem. Hoje em dia, remetemos esse tipo de interrogação à ciência por meio de livros, bibliotecas, salas de aula. No entanto, nós, homens, já remetemos essas mesmas interrogações aos deuses. Quem eram esses deuses? Como e onde eles existiam?

É na Grécia que encontramos os deuses que marcaram a história da civilização ocidental. Esses deuses, que eram responsáveis pelo destino, fortuna e desventura dos homens, existiam na crença que possuíamos neles e se fortaleciam entre nós por meio do mito. A palavra mito se traduz para o português como narrar, contar, anunciar e, portanto, os deuses, de alguma forma, se materializam através das narrativas feitas acerca deles e de suas determinações, as quais forneciam as respostas e as explicações que buscávamos sobre, por exemplo, como o universo passou a existir, sobre o que é a justiça ou sobre o que é o amor (CHAUÍ, 1998).

A crença neles era transmitida de geração a geração por meio da narrativa que chegava até os homens trazida pelo poeta rapsodo. Esse poeta era alguém que narrava algo que testemunhou ou lhe foi revelado pelos deuses ao permitirem que ele visse a origem de todas as coisas e de todos os seres para que pudesse transmitir a verdade aos ouvintes. Sua palavra era dotada de autoridade, pois o poeta rapsodo era um eleito dos deuses (Ibid.).

No entanto, algumas descobertas e invenções realizadas pelos homens fizeram com que percebessem que verdades antes reveladas pelos deuses se tornavam questionáveis. Por exemplo, com as descobertas marítimas, foi possível constatar que onde os deuses diziam haver monstros e seres fabulosos moravam seres humanos como quaisquer outros. Assim, a verdade revelada começa a ser substituída pelas explicações fornecidas ao homem pelo próprio homem. Por outro lado, a invenção da política propôs que todos eram capazes de discutir ideias e soluções para a

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