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1472 palavras 6 páginas
BAGNO, Marcos, “A língua de Eulália”. São Paulo: Contexto, 2006.
Resumo do Livro “A língua de Eulália”
A primeira abordagem teórica do autor Bagno desmistifica a idéia de que no Brasil só se fala uma língua: o português. O senso comum se esquece das dezenas de línguas indígenas e das variantes, que constituem diferentes maneiras distintas de uso de uma mesma língua.
Entre o português do Brasil e o português de Portugal, por exemplo, se destacam 5 principais campos de diferenças: fonéticas, sintáticas, lexicais, semânticas e seus respectivos usos.
Outros tipos de variedades podem ser o gênero, socioeconômicas, etárias, de nível de instrução, urbanas, rurais e etc.
A língua pode variar, ainda, de acordo com o espaço e com o tempo. A mudança ao longo do tempo se chama diacrônica e a variação geográfica se chama diatópica. Segundo o autor, a industrialização da região sudeste contribuiu para que o que o português utilizado nessa região fosse adotado como padrão para o restante das regiões do país. No entanto, a utilização das variantes em relação ao padrão possui limites tênues, pois surgem variações como o /R/ retroflexo, popularmente conhecido como o “R” caipira. Assim, o português possui um padrão de utilização denominado culto, utilizado para a imprensa, ações governamentais, no âmbito escolar e etc.; o português não padrão apresenta variedades definidas segundo a geografia, a escolaridade ou faixa etária de quem o utiliza.
A partir dessa teoria, o autor deixa claro que um falante em determinado contexto faz seu uso particular da língua, e que ele não pode ser taxado “errado”, pois apenas faz um uso distinto da norma padrão, fenômeno antigo em se tratando de uso lingüístico. Esses fenômenos possuem explicações científicas de cunhos lingüístico, lógico e até psicológico.
Um exemplo claro é a utilização da palavra “planta”, que em português não padrão surge como “pranta”. Esse fenômeno recebe o nome de rotacismo, e caracteriza-se pela

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