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Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Escola de Ciências e Tecnologia / Instituto Metrópole Digital
Práticas de Leitura e Escrita II
Profª Ada Lima, Profª Edna Rangel de Sá, Prof. Geoci da Silva, Profª Glícia Azevedo Tinoco,
Prof. Lucélio Dantas, Prof. José Romerito Silva, Profª Tamyris Rezende.
Atividade virtual 03

A política brasileira é mesmo burra?
Você pode dizer que os políticos brasileiros não o representam ou que eles são todos ladrões, mas a razão da picaretagem está mais próxima de nós mesmos do que do Congresso. E a solução também.

Por Maurício Horta. Edição de Karin Hueck.
Disponível em
Acesso em 15/out/2013.
Com adaptações.
A raiz do problema
O novato estava tão incomodado com o bate-boca no plenário da Câmara dos Deputados que o veterano foi consolá-lo: "Olha, Tiririca, eu entendo seu nervosismo", disse Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), cuja família está na política nacional desde 1822. "É que você está acostumado com o circo: ambiente de paz, harmonia, alegria e organização. Aqui é essa baderna, essa gritaria danada", disse o deputado de 83 anos e nove mandatos. Tiririca concorda. Ele é o segundo deputado mais votado da história, com 1,35 milhão de votos (atrás apenas do falecido Enéas). Porém, vai abandonar a política. Quando o Partido da República (PR) o convidou para ser candidato, ele aceitou, porque assim poderia "ajudar muita gente". “Só que não é assim. É interesse próprio, é interesse de partido, é interesse do governo", afirma Tiririca. Na campanha, ele prometeu contar ao eleitor o que fazia um deputado federal. Hoje, ele sabe: "É uma pessoa que trabalha muito e produz muito pouco".
Tiririca virou ícone da descrença na democracia brasileira. Da sua eleição ao anúncio de volta à vida circense, a mensagem é a mesma: "pior do que está não fica". Mas será que as coisas vão tão mal assim? Comparado aos países emergentes, o Brasil é até uma democracia admirável. Nossas eleições são livres. Nosso sistema de votação