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CAPÍTULO 1 – PROPRIEDADES E CONCEITUAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS

Para que o estudo de classificação de área seja realizado é importante que se tenha um conhecimento prévio das características básicas das substâncias inflamáveis e do seu comportamento quando liberados para à atmosfera. Esta análise é de grande importância para avaliação do grau de risco que cada substância poderá trazer para a instalação, além de subsidiar a seleção do tipo de proteção dos equipamentos elétricos mais adequados para as unidades de refino.

1.1 Vaporização

O surgimento de uma atmosfera potencialmente explosiva ocorre somente quando a mistura da substância inflamável com o ar acontece em proporções adequadas. Para que essa combinação exista, a substância inflamável deve mudar o seu estado de agregação, ou seja, passar do estado líquido para o gasoso.

Segundo Jordão (2002, p. 6), os líquidos mudam seu estado de agregação pelo processo de vaporização ou evaporação. Como cada molécula de um líquido exerce uma força de atração sobre as moléculas vizinhas, decorre então que aquelas moléculas que estão internas ao líquido estão em estado de equilíbrio, devido à igualdade entre forças de atração. Por outro lado, aquelas que estão situadas na superfície do líquido, são atraídas somente pelas que estão abaixo e ao lado de cada uma, ocasionando desta forma um desequilibro de forças de tal modo que aparece uma tensão superficial. Desse desequilíbrio de forças, o líquido vaporiza ou evapora. Outra constatação bastante importante é que a vaporização varia fortemente com a variação da temperatura do líquido, este grau de evaporação é caracterizado pelo coeficiente de vaporização.

Além da temperatura, a pressão do vapor e o calor latente de vaporização contribuem para a variação do coeficiente de vaporização, onde estes fatores englobarão todos os efeitos principais de significância para a velocidade de evaporação de um líquido sob condições normais, sendo definido como relação