Cheio para o vazio

DO CHEIO PARA O VAZIO METODOLOGIA E ESTRATÉGIA NA AVALIAÇÃO DE ESPAÇOS URBANOS OBSOLETOS Claudia Azevedo de Sousa 2.2 NOVOS CONCEITOS 2.2.1 VAZIOS URBANOS Porquê falar em ‘vazios urbanos’? É a partir desta temática e da ambiguidade gerada em torno deste conceito que no fundo se começou a estruturar esta dissertação. Havia um interesse em perceber o que eram os ditos ‘vazios urbanos’ no trabalho da disciplina de Projecto Final. E é a partir daí que se instala a discussão. “ Vazio urbano é uma expressão com alguma ambiguidade: até porque a terra pode não estar literalmente vazia mas encontrar-se simplesmente desvalorizada com potencialidade de reutilização para outros destinos, mais ou menos cheios... No sentido mais geral denota áreas encravadas na cidade consolidada, podendo fazer esquecer outros “vazios”, menos valorizáveis, os das periferias incompletas ou fragmentadas, cujo aproveitamento poderá ser decisivo para reurbanizar ou revitalizar essa cidadeoutra.” 48 48Nuno Portas, “Do vazio ao cheio”. Cadernos de Urbanismo nº2 Figura 658 O conceito gera alguma ambiguidade porque afinal há ‘vazios urbanos’, que não são efectivamente vazios, ou porque há espaços que não se enquadram na categoria de ‘vazios urbanos’, nem noutra qualquer, e portanto tornou-se inevitável explorar este conceito. Qual é então o significado de ‘vazio urbano’? Alguns definem os ‘vazios urbanos’ como espaços preferencialmente não edificados e que estão ligados…

As cidades nascem de um emaranhado de formas de concreto, ligadas a um conglomerado urbano e social, onde está presente à memória de um povo, onde se viu desde o nascimento da escrita aos assentamentos urbanos. A “historia das cidades” se dá através de uma ordem cronológica dos governos municipais, muitas às vezes feitas por encomenda. As cidades estão envolvidas nos surgimentos de varias culturas, quando se pensa nas vozes que representam emoções, praticas, rituais, além das informações…

Análise semântica – percepção dos significados agregados às partes: Abaixo, segue a lista de matérias/objetos utilizados na instalação e o significado/referência que queremos passar: Caixas de papelão: foram empilhadas e dispostas sem uma ordem definida com o intuito de mostrar os obstáculos que encontramos nas ruas de um meio urbano; Peças que juntas formam um grande relógio: onde o significado implícito é a falta de tempo e a correria que existe no meio urbano; Lanternas…

PAISAGENS DE RIOS URBANOS Vera Mayrinck Melo1 A presença dos rios no tecido urbano de muitas cidades tem uma grande importância, tanto sob o ponto de vista ambiental e ecológico, como elemento marcante nas paisagens dessas cidades. No entanto, apesar do contexto apresentado, as paisagens dos rios urbanos nas cidades brasileiras, em geral, se apresentam degradadas, como resultado de rios poluídos, tendo seus leitos adulterados pelas retificações, servindo como depósito de lixo e esgoto, e…

Introdução ao Desenho Urbano no Processo de Planejamento Capítulo 5: Uma Proposta Metodológica Desenho urbano é um campo interdisciplinar em que diversas propostas e teorias se convergem para complementar as metodologias de Planejamento Urbano. Cada teoria analisa por um ângulo e nunca será possível uma teoria que permita a compreensão completa do urbano. O “sentido do lugar” ou qualidade físico-ambiental é construído a partir de três esferas: Concepções e Imagens (Análise Visual e…

Urbanismo,1ºA, FATEA – 2014 Bruno Fonseca Guilherme Henrique Ingrid Oliveira Wellington Ribeiro Gabriel Ribeiro  O observador deve ter um papel ativo na percepção do mundo e uma participação criativa no desenvolvimento de sua cidade. Capitulo I A IMAGEM DO AMBIENTE Torres de Satélite, Luis Barragán Cidade do México.  A imagem da cidade não deve ser de ordem definitiva, mas sim aberta e passiva de continuidade em seu desenvolvimento.  A cidade é como uma…

Fichamento do texto “Uma proposta metodológica” – Capítulo 5 do livro “Introdução ao Desenho Urbano” de Vicente Del Rio. Neste texto o autor, diante da ausência de uma metodologia holística para o desenho urbano, propõe um enfoque metodológico baseado em esferas de vivência – “análise visual”, “percepção do meio ambiente”, “comportamento ambiental” e “morfologia urbana”. Morfologia urbana: estuda a relação entre o tecido urbano e seus elementos formadores, através da evolução, das…

e se vê, ou seja se da como forma sujeita a avaliação estética. O coliseu, por exemplo tem muitos valores históricos, mas hoje em dia como valor estético não há mais nenhum. O coliseu não é apenas um elemento do valor ou do significado urbano de Roma mas sim seu SIMBOLO desde a idade média e querem que ele permaneça em seu estado como chegou até nos, ruína. Valores urbanos O espaço visual da cidade A cidade não é feita de pedras, mas de homens, que atribuem um valor as…

JUVENTUDE RURAL: suas construções identitárias. Maria de Assunção Lima de Paulo INTRODUÇÃO: A autora introduz a obra e ao longo da introdução comenta fatos da vida pessoal que justificam a escolha desta temática para sua tese de doutorado. A autora tem uma proximidade muito grande com o rural. A tese parte da seguinte questão: Como os jovens rurais se percebem e como são percebidos (BARTH, 1998) pelos habitantes do meio urbano quando estão inseridos nele? (pg. 30) Interessa…

A Imagem da Cidade LYNCH, Kevin A cidade é uma construção no espaço que pode ser percebida no decorrer de longos períodos de tempo e onde cada cidadão possui diversos pontos de associação com algumas partes de sua cidade, ou seja, o morador de determinada cidade pode construir uma imagem dos espaços urbanos através de lembranças e de impressões diariamente vividas no contexto citadino. Um ponto de partida interessante para Kevin Lynch e que deve ser retomado pelos sociólogos na…