“O uso da diversidade” de Geertz e o etnocentrismo

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“O uso da diversidade” de Geertz e o etnocentrismo

Em meio ao século XXI, a visão de um mundo globalizado, desde a introdução do neoliberalismo, é de um globo cada vez mais interligado e ao mesmo tempo mais individualizado. Persistindo o ato do homem de estabelecer fronteiras, não apenas geográficas, mas também ideológicas e sociais.
O etnocentrismo está presente apesar deste nosso cenário mundial de cada vez mais próximos. Sendo uma questão em que ainda não há um consenso geral de como devemos nos posicionar perante o diferente. Para Lévi-Strauss, o etnocentrismo não é algo ruim, pois a defesa de certos conjuntos de valores por parte das pessoas é algo positivo. O “Nós somos nós” e “Eles são eles”, já para Geertz significa não enxergar as diferenças, de criar um bloqueio à possibilidade de mudarmos nossa mentalidade.
A ausência de fronteiras culturais provoca um conflito de valores, surgindo então a nossa incapacidade de aceitar o diferente. Tomando como exemplo o casamento gay, que apesar da legalização do casamento no civil, ainda há a negação por parte da igreja católica. A homossexualidade sempre foi uma realidade, sempre existiu em nossa sociedade, mas devido ao padrão de casamento hetero criado pela igreja católica e por esta ter grande influência no mundo ocidental, ainda perpetuamos esta máxima e a dificuldade de legitimar o que está além de nossas fronteiras, de nossos valores.
Todos afirmam não possuir preconceito, mas muitas vezes agem e pensam, baseando-se em padrões pré-estabelecidos. Fazendo uma comparação com a própria origem das espécies, com a seleção natural, mais especificamente com a cladogênese, identifico e compartilho a ideia de que a causa para a diversidade cultural, o etnocentrismo, está no nosso próprio isolamento. Na cladogênese, há um isolamento geográfico de uma população de uma espécie, tornando-se esta isolada reprodutivamente de sua espécie parental, produzindo uma segunda espécie distinta. Quando nos isolamos do outro,

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