Ética no Trânsito

7- ANEXO
Virtude e eficácia no trânsito: fundamentos para uma direção segura e funcional

Os processos que envolvem o crescimento dos grandes centros urbanos acarretam uma ampla variedade de acontecimentos no dia-a-dia dos seus habitantes que, muitas vezes, movidos pela velocidade acelerada do ritmo imposto pelas metrópoles, pela urgência das obrigações, não se apercebem de que eles também são os construtores desses processos, de uma forma ou de outra. Para nos mantermos informados, cotidianamente, nos valemos dos meios de comunicação: dos jornais escritos ou televisionados, das revistas, etc., ou dos próprios acontecimentos que presenciamos ou relatos de outras pessoas. Por intermédio dessas fontes de informação, constatamos que as grandes cidades vêm experimentando uma crescente onda de violência, de agressividade. Há três pontos a realçar, neste interim. O primeiro: a violência é um fator histórico e não é privilégio de “hoje em dia”, pois em outros tempos e em outras culturas havia outras formas de violência. O segundo: os meios de comunicação mais acessíveis têm uma predileção especial por notícias de crimes, tragédias e congêneres. Toda informação que recebemos constitui a nossa cultura individual. Não é de se estranhar que a insegurança, notadamente dos cidadãos das grandes cidades, esteja aumentando pois, às dificuldades relativas à sobrevivência no seu dia-a-dia é somada a concepção que se tem do mundo por meio das informações adquiridas: de que vive num mundo hostil, inóspito, ganancioso, desumano. O terceiro: até que ponto nós somos, com maior ou menor consciência disso, responsáveis por este processo de violência que, não raro, atribuímos à “sociedade”, aos outros? Até que ponto podemos fazer algo que realmente melhore a nossa qualidade de vida, que esteja dentro das nossas capacidades? Uma grande parte da violência existente nas grandes cidades advém da atual situação do trânsito. O crescimento da demanda por