álvaro de campos

ÁLVARO DE CAMPOS

Álvaro de Campos surgiu em Tavira, Portugal, onde Fernando passou sua infância e adolescência. Foi um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Estudou engenharia naval e mecânica na Escócia viajando ao Oriente (onde escreveu o “Opiário”) e tendo experiências de trabalho em diversos países. Mas ao ficar desempregado voltou a Lisboa em 1926, entrando em um pessimismo que prejudicou seu psicológico profundamente. Dos heterônimos de Fernando Pessoa, Álvaro de Campos foi o único a manifestar diferentes fases poéticas (decadentista, futurista e intimista). Na 1ª fase, Decadentista, o poeta exprime seu tédio, seu cansaço, seu abatimento e a necessidade de novas sensações. Foi influenciada pelo Romantismo e Simbolismo e marcada pelo poema “Opiário”, onde ele descreve a si mesmo. Algumas citações especificam a fase, como: “E afinal o que eu quero é fé, é calma/ E não ter essas sensações confusas.”, “E eu vou buscar o ópio que consola.”, “É antes do ópio que a minha alma é doente”. Na 2ª fase, Futurista ou Sensacionista, é clara a exaltação das máquinas e da civilização moderna, e essa atração pelas máquinas é quase erótica, simbolizando a vida moderna que marca a fase. O poema “Ode Triunfal” é um destaque nessa fase, elogiando visivelmente a indústria e suas técnicas. As citações que especificam essa fase são: “Quero ir na vida como um automóvel último modelo.”, “Quero sentir tudo de todas as maneiras”. Na 3ª fase, Intimista ou Pessimista, o sentimento vazio, o abatimento, as tristezas vão à tona e Álvaro de Campos sente-se como um marginal não compreendido, angustiado e cansado, tomando como principais temas nos poemas a incapacidade de amar, a dor de ser lúcido, a frustração, o conflito entre a realidade e o poeta, a descrença em tudo, entre outros temas. Uma citação clara é: “íssimo, íssimo, íssimo, cansaço”. Seus poemas mais conhecidos são: “Passagem das horas” (1916), “Apontamento” (1929), “Tabacaria” (1929), “Magnificat” (1933),