V de vingaça

2039 palavras 9 páginas
A história de V, um homem misterioso e mascarado, que vive numa Inglaterra governada por um regime ditatorial que impõe toques de recolher, proíbe toda e qualquer obra de arte, reserva o que há de melhor apenas para os membros do partido, forja mentiras a todo momento pela tv a fim de manter a população controlada e possui lemas e gritos de guerra como "Inglaterra triunfa!", e "União pela Fé/Fé pela União", foi o trabalho mais ambicioso de Alan Moore. Para transportá-lo às telas, os não menos ambiciosos Andy e Larry Wachowski, criadores da trilogia Matrix, se incumbiram de produzir o roteiro, entregando a direção a James McTeigue (que, apesar de estrear como diretor, possui uma vasta experiência no cargo de assistente). O saudável déjà-vu matrixiano se encerra com Hugo Weaving (o ex-agente Smith) no papel principal do enigmático V que, mesmo privado de expressões faciais, não deixa de transmitir todas as emoções e nuances de sua personalidade.

As semelhanças com 1984 são evidentes e permeiam toda a projeção. Além do quadro descrito acima, tudo o mais é muito familiar à atmosfera orwelliana, já que temos manifestado aqui, com uma ou outra transposição e atualização, o Ministério da Verdade, a Polícia do Pensamento, os centros de tortura e prisão e a figura do Líder, Adam Sutler, encarnado com caricata vivacidade por John Hurt, o mesmo ator que viveu Winston Smith no cinema há 22 anos atrás. Até uma das principais revelações do terceiro ato da trama envolve um processo tipicamente orwelliano. Para se ter uma idéia do nível de influência, em dado momento uma personagem se regozija por saborear "manteiga de verdade", depois sabendo que ela foi "desviada de membros do partido".

V usa a máscara de Guy Fawkes, o responsável pela tentativa fracassada de explodir o parlamento inglês em 05 de novembro de 1605, levando adiante o conceito de que "não é o homem que permanece, são suas idéias". E V não busca apenas a vingança pessoal – ele foi usado como cobaia em

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