O telefone
10 DE MARÇO
DIA DO TELEFONE
A História do Telefone
A história do telefone começou com uma grande complicação. Em fevereiro de 1876, o senhor Graham Bell depositou, na Seção de Patentes de Washington, a descrição e os desenhos de um aparelho eletromagnético que permitia a duas pessoas falarem e ouvirem-se a grande distância. Algumas horas depois dele, apresentou-se na mesma seção o senhor Lisha Gray, que consignou a descrição e os desenhos de um aparelho idêntico ao de Bell. A coincidência era muito estranha para não se pensar que um tinha furtado a idéia do outro. E como ambos afirmavam que a invenção era fruto do seu próprio engenho, o caso foi parar nos tribunais.
Aquele pequeno aparelho não era coisa banal: a idéia valia vários milhões de dólares. Realmente, se o telégrafo já estava difundido e, como ele, os sistemas para comunicação à distancia já tinham dado um grande passo à frente, o telefone constituía uma novidade de enorme importância, porque permitiria comunicações imediatas e diretas entre os habitantes e os escritórios de uma mesma cidade. Gray acusou Bell de fraude; no tribunal, Bell jurou que a idéia era sua e acreditaram nele.
Foi constituída uma poderosa sociedade para a exploração da patente: a Bell's Telephone. Mas, durante o processo, que se arrastou por 8 anos, alguns italianos intervieram na pendência, sustentando que o telefone nascera muitos anos antes, graças a um pobre imigrante italiano: Antonio Meucci. Assim, tanto Bell como Gray teriam-no conhecido e, talvez, apenas aproveitado a idéia do inventor.
Mas quem era Antonio Meucci? Nascido em Florença, em 13 de abril de 1808, foi, a princípio, empregado na Alfândega e depois, maquinista teatral. Meucci era um patriota que, pelas suas idéias liberais, ficou na mira da polícia do Grão-Ducado da Toscana. Teve que fugir para a América, seguido pela esposa, Éster Mochi. Na ilha de Cuba, encontrou serviço, como maquinista-chefe, num grande teatro da capital.
Oito