O Surgimento Do Isl Em Gao

O surgimento do Islã em Gao
Os interesses econômicos tiveram um papel importante na islamização desde o século XI, quando o seu décimo quinto governante Dia Kossoy se converteu ao islamismo, Gao estava se consolidando como um entreposto comercial sudanês e ganhando muita importância num comércio mais amplo. Os soberanos de Gao foram os primeiros negros a adotarem a crença islâmica. Essa conversão ainda que superficial ligou o povo songai ao mundo muçulmano. Porém, os songais eram uma exceção da época, e o processo de islamização do Sudão estava no começo, não era um processo muito desenvolvido, sem nenhuma intenção de adotar a cultura muçulmana.
No final do século XII, os songais caíram sob o domínio do império do Mali, passando a lhe pagar tributo. Sob a direção dos farin que eram funcionários do império do Mali a atuavam como governadores das províncias, os manden organizaram a região da curva do Níger e encorajaram o seu desenvolvimento econômico. Essa época de dominação representou um avanço nas cidades de Gao, importante centro econômico e de Tomboctu, centro espiritual.
A conversão ao islamismo como uma estratégia para a inclusão do Sudão no mundo muçulmano foi uma pratica comum no império do Mali, estabeleceu-se uma tradição segundo a qual os governantes tinham que fazer uma peregrinação a Meca passando pelo Egito, que tinha a função de oficializar a religião islâmica que já era considerada religião de estado e ampliar os contatos políticos com os governos muçulmanos, principalmente o egípcio. Essa política teve seu auge no governo de Mansa Mussa I, que fez essa peregrinação que serviu para mostrar toda a riqueza e o ouro de Mali que impressionou os egípcios. A aproximação com as culturas islâmicas não aconteceu somente com as peregrinações, o mansa buscou a atrair mediante promessas de riqueza pessoas de todos os campos como poetas, artistas, juristas e sábios muçulmanos.