O superorgânico

Alfred Louis Kroeber, em seu texto, O Superorgânico trás a discussão que tenta mostrar a diferença que separa o orgânico e o cultural. Neste artigo Kroeber apresenta a natureza da cultura, que segundo ele é a atividade humana que ultrapassa o orgânico. Assim a cultura é o que o homem acrescenta à Natureza, em de acordo com a sua própria capacidade de criar ou até reinventar, ou seja, é um processo acumulativo, resultante de toda a experiência histórica das gerações anteriores, enquanto o orgânico seria o que está aí, presente no homem independente do que ele faça sem qualquer intervenção prévia. Assim, o orgânico está ligado aos processos hereditários. Para comprovar ou afirmar isto, o autor começa com uma análise a partir de várias sociedades, e ao estudá-las ele tenta mostrar o que elas têm em comum, apontando o desenvolvimento histórico e cultural delas e o impacto da cultura sobre a natureza.
Kroeber considera que o homem é um ser superorgânico. Ele é possuidor de cultura, coisa que nenhum outro animal ou criatura possui apenas o ser humano e uma cultura tem uma "vida própria", que é simbólica em vez de genética. É como se fosse uma "coisa viva". Que é realizada entre os seres humanos, então está a um nível mais elevado de complexidade que o orgânico. Portanto é “superorgânico”. Em outras palavras, o homem, diferentemente dos animais, rompe as barreiras das diferenças ambientais e transforma toda a Terra em seu hábitat. E, através das culturas que se desenvolveram com o passar do tempo que ele o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que da hereditariedade, assim, suas ações e atitudes não estão geneticamente determinadas por isso depende da cultura. O homem tem que aprender a viver e isso são um processo acumulativo, mais do que a herança genética, então, ela determina o comportamento do homem e justifica suas realizações, como se explicasse o porquê de determinada reação. Em outras palavras, algumas coisas de nossas vidas e constituição são