O Psicodrama

O Psicodrama (psyche = mente; drama = acção) foi criado no início do século XX em Viena (Áustria) por Jacob Levy Moreno. A inspiração foi o chamado 'teatro de espontaneidade' em que actores representavam em palco eventos do quotidiano ou notícias da imprensa sem um texto prévio. Moreno descobriu que a representação de uma personagem tem reflexos na própria experiência do indivíduo como mostrou no relato do caso Jorge e Bárbara, um primeiro modelo de terapia de casal.
Através do método psicodramático podem tratar-se situações clínicas individuais (psicoterapia de grupo) ou conflitos de grupo (sociodrama). As sessões seguem o procedimento em três etapas: aquecimento, dramatização e comentários. Os seus instrumentos são:
O cenário: Que representa o palco teatral, é onde a acção se vai desenrolar durante a sessão, representa um espaço de liberdade onde cada acção pode ser reversível; O protagonista: É a pessoa que se destaca em cada sessão devido aos assuntos que acrescenta a discussão inicial. Vai ser o elemento principal que vai estar a representar ocorrências da sua vida ou do seu imaginário;

Os egos auxiliares: Fazem parte da equipa terapêutica, qualquer pessoa presente, à excepção do protagonista, pode ser um ego auxiliar. Proporcionam ao protagonista um duplicado dos acontecimentos com uma menor intensidade;

O auditório: Assiste à dramatização e relaciona-se com esta tentando estar em sintonia, no final são convidados a expor a sua opinião acerca do que ocorreu na secção;

O director: Tem o poder absoluto nas sessões. Pode parar e iniciar a dramatização, deve analisar o material importante, e com esta análise criar estratégias terapêuticas, deve também finalizar e concluir os comentários após a dramatização.

Além do Psicodrama, Moreno é considerado o criador da Psicoterapia de Grupo e da Sociometria (método de investigação das ligações dentro de um grupo).
Em Portugal o Psicodrama tem sido difundido pela Sociedade Portuguesa de Psicodrama, associação