O PRINCIPE

FACULDADES SANTA CRUZ

JOZADARC NASCIMENTO DA SILVA JUNIOR

RESENHA: O PRÍNCIPE

CURITIBA
2012
A Ciência Politica tem o Estado como um dos seus principais objetos de estudo, assim como as suas formas de administrá-lo. Maquiavel em sua obra estabelece diretrizes fáticas e concretas para o funcionamento da maquina estatal.
Por vezes, o que para alguns pode ser encarado como cruel, a ele se apresenta apenas como uma pluralidade de ideias conjugadas para um fim. Ou seja, comportamentos e regras, aos quais são ou serão muitas vezes necessárias para que um governante atinja a governabilidade. E que desta forma o Estado possa alcançar o seu objetivo primário que é a manutenção de sua existência quanto tal.
A obra ”O Príncipe”, trata-se de um raio-x, um exame aprofundado de todos os atores e estruturas inerentes ao Estado. Corroborando não para o entendimento de uma política de suposições, mas sim de uma política como esta realmente é. E certamente por esse caráter prático e objetivo quanto às ações, seja uma obra tão polêmica.
Escrito em 1513 a obra problematiza eventos de um Estado em seu tempo, porém detém consigo uma aplicabilidade à posterioridade. E isso faz de Nicolau Maquiavel, percussor do pensamento político e do Estado Moderno como conhecemos nos dias atuais. No cerne das polêmicas emergidas de sua publicação, encontra-se a separação entre a Igreja e o Estado, a maior geradora de tensões. Tal período em que a sociedade mundial era o lócus do berço absolutista sustentado pelos dogmas clericais. Entretanto seria impensável proferir tais pensamentos. Sendo assim Maquiavel não apenas pensou como publicou. Não obstante, de forma simplista demonstra que a existência do Estado encontra-se em primeiro plano, agindo como for possível para que isso se mantenha. “Os fins justificam os meios” (MAQUIAVÉL), gerando esse novo âmbito de polêmicas abriu margens às más interpretações. Outra importantíssima abordagem do Príncipe é sobre a