O principe de maquiavel

Nicolau Maquiavel foi o fundador da ciência política moderna. Sua obra - O Príncipe – é um manual do exercício da arte política onde Maquiavel exemplifica e discorre sobre as ações e estratégias de outros governos para conquista, controle e manutenção do poder sobre o Estado e maneiras de ampliar a influência. A capacidade analítica de Maquiavel e os conselhos oferecidos ao Duque Lourenço de Médici II, se tornou uma Bíblia para todos que desejam ou precisam exercer cargos de liderança ou ainda para aqueles que lidam com situações de conflito político onde é preciso atrair e manter aliados.
A frase “Os fins justificam os meios” é muitíssimo atribuída a Maquiavel. Apesar de não constar esta frase em parte alguma do livro, a percepção obtida nas colocações presentes na obra subentendem que para manter o controle político do Estado deve se apelar a todos os recursos disponíveis até as últimas conseqüências de maneira plenamente calculista.
Associando os ensinamentos e lições apresentados por Maquiavel à conjuntura política atual, especialmente a brasileira, não seria absurdo supor que os políticos, autoridades e líderes nacionais tenham O Príncipe como livro de cabeceira.
São comuns exemplos de alianças e colaborações entre partidos ou políticos que em outras situações foram praticamente arquiinimigos, em divergências em que poderiam representar-se como água e óleo. Mas os interesses de ambos convergindo, faz com que as diferenças de outrora sejam esquecidas ou deixadas para outro momento em função do objetivo comum, como exemplo, temos:
Em 2009 a aliança entre o então presidente Lula e o senador Collor que em 1989 disputavam a presidência de maneira extremamente agressiva com insultos condenáveis a nível pessoal nos debates, naquela que foi a primeira eleição direta após duas décadas de ditadura militar vencida pelo segundo. Muitos ficaram perplexos com o acalorado abraço seguido de elogios entre ambos, em função de uma aliança política estratégica para Alagoas.