O Mundo do Beb
Por Alessandra Morita - 24/08/2009
Estudos desenvolvidos por fabricantes revelaram a preferência dos clientes por farmácias e lojas especializadas. Resultado: o autosserviço foi obrigado a evoluir para enfrentar a concorrência.
Cerca de cinco anos atrás a presença do espaço que reúne todos os produtos para bebês começou a ganhar fôlego no autosserviço, especialmente nas lojas de grande porte. A expectativa com relação aos resultados era grande, considerando-se principalmente as boas margens das categorias. Passado esse período, um maior conhecimento das necessidades do consumidor levou a adaptações para aprimorar a área. O principal aprendizado foi a descoberta de que o espaço, chamado de cantinho, mundo ou sonho do bebê, precisa tocar as mães sob dois aspectos: o da funcionalidade e o da emoção. Quem seguiu esse caminho atraiu compradoras para sua área de vendas e viu o caixa do supermercado ser reforçado.
Pesquisas de indústrias, como a Kimberly-Clark, fabricante de fraldas e artigos de higiene infantil, deram o alerta. Os supermercados estavam perdendo vendas para canais especializados e farmácias, preferidos pelas mães, que são as principais compradoras dos produtos para bebês. Os estudos mostraram que as mães queriam uma solução completa na compra dos produtos e um atendimento diferenciado. Elas desejavam, por exemplo, orientação sobre os itens mais indicados para cada idade e situações de consumo ou uso. Esses atributos eram associados às lojas especializadas e às farmácias, e representavam uma carência no varejo alimentar.
Os tradicionais cestões de ofertas estão sendo substituídos pela Kimberly-Clark por expositores no formato de berços. A ideia: gerar “emoção” no momento da compra. Em um levantamento feito há dois anos pela Kimberly fi cou evidente ainda que a compra de produtos para bebês é emocional. “Para a mãe, uma rotina como a troca da fralda representa um momento de carinho com seu fi lho”,