o milagre de anne sulivan

Não é comum os jornais publicarem erros nas primeiras tiragens, por causa da correria dos tipógrafos, mas, o jornal Chicago Daily Tribune colocou e sua manchete um erro colossal, até para os padrões dos jornais. As consequências disso foram infelizes, em particular em noite de eleição, a entrega foi feita antes mesmo de os resultados da costa leste serem computados. Sem esses resultados nas mãos, os editores tinham que tomar uma decisão sobre o que colocar na manchete da primeira página. Os jornalistas resolveram dar um palpite sobre o vencedor - uma decisão espetacularmente arriscada e espetacularmente errada.
O procedimento adotado foi grosseiro e falho, mas foi desse modesto início que nasceram as pesquisas de opinião. Os profissionais de marketing, interessados em descobrir o que os consumidores acham refinaram a arte da pesquisa, elevando um alto nível de sofisticação. Desde o inicio, o jornalista foi o principal fornecedor de pesquisas, uma pesquisa de opinião é um poderoso mecanismo capaz de quebrar as algemas que sutilmente o aprisionam. Eventos reais costumam ser espontâneos, não planejados, acontecem segundo seu calendário próprio. Um evento falso costuma ser exatamente o oposto, enquanto as notícias reais são orgânicas, os pseudoevento são sintéticos é planejado, não espontâneo.
Os repórteres fazem pouca distinção, quando fazem, entre eventos e pseudoeventos podem servir como “ganchos” perfeitamente utilizáveis quando não há um evento pronto para uso imediato. Do ponto de vista dos jornalistas, a pesquisa de opinião é o pseudoevento supremo – um acontecimento forjado que está no seu controle. Além disso, as pesquisas de opinião permitem que os repórteres distorçam acontecimentos reais, adequando-os a um cronograma conveniente, a imprensa precisa apenas encomendar uma pesquisa de opinião para dar a seus repórteres algo sobre o que falar, a medida que o dia da eleição se aproxima, as pesquisas se intensificam ainda mais. Os levantamentos de boca de