O jardineiro fiel

O JARDINEIRO FIEL: PAIXÃO, PODER E ÉTICA No cinema, o jogo das fantasias que o trabalho do autor e sua obra promovem permite a criação de cenários e histórias que se afastam ou se aproximas de realidades conhecidas, produzindo efeitos próprios. Em o jardineiro fiel, o multiculturalismo que o constitui é um aspecto interessante, vários dos próprios habitantes de Kibera, no Quênia, atuaram como figurantes. As filmagens em um pais pobre e colonizado invadindo de cores, sons e emoções a tela, constitui outro elemento que não pode ser desconsiderado. A investigação de denuncia e trapaça refletem as condições da diplomacia , da política e da economia mundial. Isso faz desse filme um exemplo de cinema atual, capaz de fazer pensar, aumentar a consciência, induzir tomadas de posição. A maior parte dos acontecimentos se da na África, pais pobre e populoso. O filme permite refletir sobre varias situações que nele se apresentam: postura das pessoas diante de acontecimentos sociais e políticos, a miséria, a exclusão, a solidariedade, denuncia, e o confronto das justiças na sociedade dividida ou a acomodação silenciosa, o conchavo entre políticos, grandes empresas que dominam e monopolizam o mercado, o uso de seres humanos como cobaias nos experimentos, o amor entre pessoas, a luta até o fim ou a desistência.

As relações pessoais

Logo na primeira cena um diplomata acomodado e uma atividade dos direitos humanos estabelece uma relação amorosa profunda e estável após um primeiro encontro de agressividades, criticas e cobranças públicas que Tessa faz a Justin e ao que ele representa.
A diferença entre eles transparece, descontrolada e raivosa ela vê toda a platéia da palestra que ele proferia como representante da alta diplomacia inglesa, abandonar a sala, virando as costas ao debate que ela desejava. Encerrada a sonolenta palestra, o palestrante pouco perplexo, aproxima- se dela e de sertã forma a