O Idealismo hegeliano e o Materialismo marxista a partir do conceito de Estado

6320 palavras 26 páginas
As considerações sobre o tema do Estado realizadas tanto por Hegel quanto por Marx permitem compreender os elementos centrais que perpassam toda a reflexão filosófica de ambos. Assim sendo, ao discutirmos a noção de Estado em ambos pensadores, podemos verificar que cada um deles entende o tema a partir de chaves de interpretações opostas, a saber: o Idealismo e o Materialismo. Posto isso, o presente texto tem por objetivo indicar de que maneira tanto o Idealismo de Hegel quanto o Materialismo de Marx se fazem presentes nas posições sobre o Estado defendidas por ambos pensadores. Em Hegel, o Estado surge como portador da eticidade, ou seja, como efetivação e concretização da moral abstrata que se apresenta por meio de realidades como a família e a sociedade civil. Todavia, a eticidade como momento de efetivação do universal concreto só pode ser entendida à luz do projeto idealista que marca o pensamento de Hegel. Assim sendo, nos dois primeiros tópicos do presente trabalho apresentaremos uma discussão procurando evidenciar os elementos que caracterizam o projeto idealista proposto por Hegel, mostrando, a seguir, de que maneira tal projeto se relaciona com os temas do Estado e da história. No terceiro e último tópico, passaremos à consideração de Marx sobre o Estado. Segundo Marx, a noção de Estado defendida por Hegel se presta como instrumento de alienação imposto pelas classes dominantes ao proletariado. Considerar o Estado a partir da perspectiva de uma instância universal, por mais que seja feita uma referência à história, significa um afastamento das verdadeiras condições que caracterizam a vida do homem. Assim, o Materialismo proposto por Marx é um meio que possibilita identificar e entender os verdadeiros mecanismos que regem a história e as relações sociais.

1 – O Projeto Idealista

A noção de Estado apresentada por Hegel na obra Princípios da filosofia do Direito tem por objetivo indicar que neste se realiza a razão enquanto uma realidade

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