O historiador e o Professor da harvard
Trata-se de um conceito capcioso em um mundo que luta para acompanhar o ritmo de uma economia que muda rapidamente. Ele é praticamente idêntico a outro neologismo, cunhado há alguns anos pelos historiadores da economia Niall Ferguson e Moritz Schularick para descrever a relação econômica sino-americana: Chimérica.
A China e os Estados Unidos são, sem dúvida, economias enormes com um volume de negócios imenso - US$ 150 bilhões (R$ 258 bilhões) em comércio em 2002; quase US$ 450 bilhões (R$ 775 bilhões) em 2008, e não muito menos do que isso em 2009, apesar da crise econômica. Mas os termos superfusão e Chimérica sugerem algo além dessa amplitude. Segundo a análise de Karabell, os dois gigantes se tornaram "uma hipereconomia entrelaçada e integrada". Ou, como Ferguson colocou: a Chimérica é "o verdadeiro motor da economia mundial".
Isso pareceria indicar que há uma ressonância, até mesmo um consenso entre eles, mas o livro de Karabell surge em um momento de debate, no qual os criadores desses novos termos estão em posições muito diferentes do espectro da opinião. Essencialmente, Ferguson alerta tanto para os perigos quanto para a fragilidade da Chimérica.
Em palestras e artigos recentes, ele culpou a Chimérica por contribuir substancialmente para a crise financeira mundial, muito embora venha argumentando que seus dias possam estar contados, possivelmente para ser substituída por novos conflitos e antagonismos.
Por outro lado, Karabell acredita que a superfusão é permanente e, sobretudo, positiva.
Ela mitigou os efeitos de uma