O filme Tempo de Despertar

O filme Tempo de Despertar, mostra pacientes pós-encefalíticos que, no final da década de 1960, estavam confinados e teriam sobrevivido à grande epidemia de doença do sono (encefalite letárgica) ocorrida após a I Guerra. Assim, em 1969, o médico-neurologista Dr. Malcolm Sayer, começou a ministrar a droga L-Dopa, um medicamento desenvolvido para corrigir o déficit do neurotransmissor dopamina, cuja função é a distribuição neural pelas quatro vias: 1) nigro- estriatal, que atua na regulação motora, sensação de ansiedade e agitação 2) a via meso-límbica, que modula o comportamento emocional 3) via meso-cortical, cuja função é da recompensa e reforço 4) a via túbero-infundibular, responsável pelo controle, regulação e secreção hormonal. Só que Sayer não previu os efeitos da medicação em cada paciente, pois existe um código genético diferente com características emocionais e histórias de vida distintas. O primeiro paciente a ser submetido ao tratamento foi Leonard. Inicialmente, com a aplicação de uma dosagem adequada, Leonard reage de maneira satisfatória, entretanto, posteriormente começou a apresentar falta de coordenação motora, distúrbios, lentidão de movimento, rigidez motora, tiques e comportamentos agressivos. Por outro lado, e apesar de todos os riscos, a droga significou um sopro de vida para todos pacientes que haviam permanecido adormecidos por tanto tempo, permitindo-lhes despertar e restabelecer a comunicação com o meio externo. Durante o tratamento, alguns se sentiram sem saber como viver ou recuperar o tempo perdido e, interrompê-lo, seria como retirar o próprio ar que respiravam. Sayer ficou atento somente aos efeitos provocados pela dosagem da L-Dopa, ou seja, desconhecia os mecanismos de ação do medicamento e não conhecia o quanto imprevisíveis eram as reações psicológicas de cada um. Também desconhecia a história pregressa, o quanto suportariam a tomada de consciência e o enfrentamento de uma vida com perspectivas futuras. Mesmo assim, a