o existencialismo

O existencialismo é um humanismo, afirma Sartre, pelo simples fato de que o homem está constantemente fora de si mesmo, é projetando-se e perdendo-se fora de si que ele faz existir o homem e, por outro lado, é perseguindo fins transcendentes que ele pode existir. Não havendo outro universo senão o universo humano, o universo da subjetividade, existindo, o homem permite que o outro exista, uma co-dependência. E é esta condição transcendente que estimula o homem e faz com que este não esteja fechado em si mesmo, mas presente sempre num universo humano, chamado de universo existencialista. Humanismo, porque não há outro legislador além dele próprio, e que é no abandono que ele decidirá de si, mas voltando sempre para fora de si, vivendo o mundo dos meios, porém buscando fora de si um fim.

Diferença entre o existencialismo e o humanismo
O termo "humanista" ou "humanismo" é bastante genérico e engloba tanto um tipo de humanismo reprovável, categoria na qual entram todas as classificações de Sartre em A Náusea, bem como o humanismo criticado por Camus em A Peste. No entanto, Em "O Existencialismo é um Humanismo", palestra de divulgação da filosofia existencialista, Sartre define o existencialismo também como uma forma de humanismo, mas bastante distinto do humanismo e dos humanistas por ele criticado. Basicamente, existiriam dois tipos de humanismo:

a) O humanismo propriamente dito. Sartre apresenta dois exemplos. O humanismo de Jean Cocteau que propõe a atribuição de um valor elevado ao homem pela exaltação dos feitos excepcionais de alguns homens, como os inventores ou o inventor do avião. E o humanismo positivista de Auguste Comte, uma variante político-religiosa do humanismo, que transforma os grandes homens em objeto de culto em uma espécie de igreja do saber, criando as condições, diz Sartre, pelo necessário devotamente a essa Humanidade Modelar, para a gênese do fascismo.

Camus faz, em A Peste, também uma crítica a esse tipo de humanismo dizendo que