O Evolucionisto Unilinear

EVOLUCIONISMO SOCIAL UNILINEAR:
O conceito primordial da teoria do “Evolucionismo Social Unilinear”, formulada especialmente pelos antropólogos Edward Tylor e Lewis Morgan, deram as primeiras explicações de caráter científico às questões que buscavam explicar a diversidade cultural e as diferenças de desenvolvimento da espécie humana. Segundo essa teoria, a evolução se dá em uma linha única, com raízes psíquicas comuns a todos os povos e indivíduos, tendo eles igualmente as mesmas capacidades de desenvolvimento, embora a velocidade e os estágios desse desenvolvimento fossem diferentes entre as diversas formas de humanidade espalhadas pelo mundo. Assim, o curso histórico de cada sociedade ocorreria de forma única e previsível, atravessando obrigatoriamente três fases: A selvageria, a barbárie e a civilização. A diversidade cultural, portanto, seria fruto do contato do homem civilizado com as suas formas primitivas, seus antepassados, indivíduos atrasados nas etapas de evolução social e cumprindo estágios a muito tempo superados pelos povos evoluídos, os europeus ocidentais. Morgan enfatiza ainda que o homem existe desde tempos muito remotos, partindo desde o seu mais baixo nível e atravessando a “dura marcha” da evolução em um único processo. É digno de nota, também, que o livro de Charles Darwin, intitulado “A Origem das Espécies”, foi fonte importante de conceitos que criaram um terreno fértil para antropólogos desse seguimento.
Diante dessas premissas, estudiosos como Gérard Leclerc, por exemplo, teceram críticas a visão reducionista que essa teoria dava a humanidade, limitando-a um estado de evolução técnico-econômico, além de homogeneizar a unidade psíquica do homem, diferenciando-a somente a partir do estágio em que se encontrava no desenvolvimento. Outro ponto a ser levado em conta é a concepção etnocêntrica que estruturou todo o pensamento de evolução social, onde os europeus atribuíam a si próprios o status de “povo avançado” e taxavam os nativos