O Estreito de Corfu

O Estreito de CorfuEm 22 de outubro de 1946, dois cruzadores e dois destroieres britânicos penetraram o Estreito de Corfu. O canal se encontrava em águas Albanesas e era considerado seguro, sendo que em 1944 foram retiradas as minhas e posteriormente, em 1945, foi feita nova inspeção.
Um dos destroieres, o Saumarez, chocou-se com uma minha e foi seriamente danificado, a outra embarcação, o Volage, foi enviado para realizar o reboque, mas também se chocou, com outra mina. Quarenta e cinco marinheiros britânicos morreram e quarenta e dois ficaram feridos.
Em 22 de maio de 1927 o Reino Unido fez um requerimento à Corte solicitando uma decisão que julgasse o governo albanês como responsável pelo acidente, bem como pela reparação pelos danos sofridos.
A Albânia respondeu que os navios de guerra e mercantes estrangeiros não possuem o direito de passar em águas territoriais albanesas sem a prévia autorização.
A Corte chegou à conclusão de que a colocação das minas não poderia ter sido feita sem o consentimento ou conhecimento da Albânia e que seria sua obrigação notificar os navegantes o perigo ao qual estavam expostos.
Em 9 de abril de 1949 a corte sentenciou, declarando a Albânia responsável pelas explosões ocorridas em 22 de outubro de 1946 e pelo prejuízo e perda de vidas humanas sofridos pelo Reino Unido.
Condenado a Albânia nos seguintes termos: Substituição do destroier Saumarez, pagamento dos danos sofridos pelo destroier Volage e indenização de 843.947 libras em virtude das mortes e ferimentos da tripulação.
Concordo com a decisão tomada pela corte, pois a Albânia nada fez para evitar o desastre e suas graves omissões deveriam sim levar a sua responsabilização internacional.