O enigma de kasper hauser

O Enigma de Kasper Hauser

O filme do alemão Werner Herzog, vencedor do Prêmio do Júri em Cannes, nos conta a história verídica de Kasper Hauser, um jovem que passou parte de sua vida trancafiado em uma cela, se alimentando apenas de pão e água, sem ver a luz do dia ou céu estrelado, sem um mínimo contato com algum outro ser humano, possivelmente por não saber se existia alguém como ele. Kasper Hauser foi um homem totalmente excluso da sociedade, sendo assim, não havia desenvolvido capacidade de pensar, não falava e não andava, até ser ensinado poucas palavras e a dar breves passos por um homem que o criou e enfim ser socializado pelo prof.sr. Daumer.

O homem não vive em sociedade pelo simples fato de querer, mas sim de necessitar dela, e é isto que o filme citado acima mostra. Kasper, por isso, não teve até possivelmente aos 17 anos – quando foi abandonado em uma praça e teve pela primeira vez um contato com a sociedade – um mínimo grau de instrução ou desenvolvimento, sendo que a única coisa que sabia fazer era “brincar” com um cavalinho de madeira.

Por Kasper Hauser ter sido, - por assim dizer – um ser humano anormal, e embora fosse uma boa pessoa, inocente e sem maldade, e muito bem tratada por pessoas próximas a ele, o mesmo sofreu muita zombaria e humilhação da sociedade, isto possivelmente contribuiu para que ele não tivesse vontade de ser incluso nesse novo “mundo” em que ele estava vivendo, fora daquele calabouço que ele considerava ser melhor. Hauser não aceitava conceitos e regras impostos pelas pessoas naquela sociedade, um exemplo nítido e interessante foi quando os clérigos religiosos o perguntaram se ele tinha fé e acreditava em Deus e ele, sem se sentir retraído os disse que não, pois não conhecia sobre, a isto os clérigos os disseram que ele deveria ter fé, que não era questão de conhecer, e Kasper era subversivo quanto a aceitar essa e outras obrigações imposta por eles e pela sociedade.

Assim como no caso