O dono do Brasil
O dono do Brasil
Quando foi proposta a resenha e as opções de livros a serem lidos para criá-la, não tive dúvidas em escolher uma biografia. O personagem dela é Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, ou simplesmente Assis Chateaubriand – o grande magnata da comunicação brasileira no século XX.
Em Chatô – O Rei do Brasil¹, podemos perceber o quanto foi árduo e minucioso o trabalho do autor Fernando Morais². O escritor entrevistou mais de 40 pessoas para produzir essa que é até hoje uma de suas obras mais vendidas. Tantas fontes renderam-lhe uma rica produção, onde foram expostos, detalhadamente, os mais variados momentos da frenética vida e da personalidade controversa daquele que foi um homem à frente de seu tempo.
Nascido em 04 de outubro de 1892 na cidade de Umbuzeiro, interior do Estado da Paraíba, Assis Chateaubriand foi o segundo dos quatro filhos do casal Francisco José e Maria Carmem. Viveu pouco na terra natal, pois antes mesmo de completar um ano, seu pai, então juiz, foi destacado para assumir o juizado municipal de Ingá do Bacamarte, ao norte do estado.
Em 1896, o pai de Chateaubriand levou a família para Recife. Com três anos, se percebia que “Francisquinho” tinha grande dificuldade para se expressar, o que significava gagueira. Somente então os pais perceberam o problema do filho, que era chacoteado pelos demais irmãos e amigos da família por conta do problema.
Sim, a infância de Chateaubriand foi marcada pela timidez causada pela gagueira. Quem imaginaria que, muito antes de se tornar aquela figura icônica, Chatô foi gago? Eu não e você? Para curá-lo, tentaram diversos métodos, – até falar com pedras na língua foi tentado, o que quase o levou a morte -, mas não deu certo. No dia em que o menino leu, por