O cortiço

O CORTIÇO O livro conta sobre a ascensão social de um comerciante português, João Romão, que de início tinha apenas uma venda. Tinha uma intenção obsessiva de tornar-se rico, Romão economiza cada moeda e explora a escrava fugida chamada Bertoleza e ele se aproveita das economias dela e, forjando uma carta de alforria, investe em seus próprios negócios, construindo três casinhas, imediatamente alugadas. E com o tempo, comprou uma pedreira e o cortiço, foi crescendo juntamente com as pessoas que ali se instalavam. Próximo dali, mudou-se o comendador Miranda, pois sua esposa Dona Estela o traia demais e já que seu dote que sustentava seus negócios, preferiu continuar com ela e se mudaram para perto do cortiço. Eles tinham uma filha chamada Zulmira. A rivalidade entre os dois aumenta à medida que cresce o número de casinhas do cortiço, alugadas, na sua maioria, pelos empregados da pedreira, que também fazem compras na venda de João Romão, que, desse modo passa a enriquecer rapidamente. O sonho de João Romão era de ter um prestígio social assim como Miranda. Este, à medida que o vendeiro vai enriquecendo, passa a considerar a possibilidade de oferecer a mão de sua filha, Zulmira, para Romão; assim um amigo em comum, Botelho, se faz de intermediário das negociações e tudo fica arranjado. João Romão fica noivo de Zulmira, o único problema é Bertoleza, que não aceita ser descartada, então Botelho arma um plano: denuncia Bertoleza como escrava fugida. João Romão faz de conta que não sabe de nada e a entrega. Bertoleza percebe que Romão, sem coragem de mandá-la embora ou de matá-la, preparou essa armadilha para devolvê-la ao cativeiro, desesperada, ela se mata.

Personagens
João Romão: taverneiro português, dono da pedreira e do cortiço. Representa capitalista explorador. Bertoleza: quitandeira, escrava cafuza que mora com João Romão, para quem ela trabalha como uma máquina. Miranda: comerciante português. Principal opositor de João Romão.