O cortiço

447 palavras 2 páginas
O Cortiço
O Cortiço, obra naturalista de Luiz de Azevedo, retrata o homem vítima da sociedade determinista, na qual ele é determinado pelo meio e o ambiente em que vive, e acaba muitas vezes degenerado, sendo no caso, o próprio cortiço esse fator determinante.
Esta obra procura representar as práticas recorrentes daquela época: 1890, dois anos após a escravatura no Brasil, onde há o começo do capitalismo, e onde o explorador está mais próximo do explorado, por isso, a estalagem de João Romão está junto aos pobres moradores do cortiço, e ao lado, o burguês Miranda, com uma classe social mais elevada que João Romão, vive em seu “palacete com ares aristocráticos” e teme o crescimento do cortiço.
Neste romance há uma representação de uma realidade corrompida através da degradação causada pela mistura de etnias presentes no cortiço, um exemplo disso é o caso do português Jerônimo, que tem uma vida exemplar até cair nas graças da mulata Rita Baiana, e assim temos uma transformação do português trabalhador, que muda todos os seus hábitos.
Há também uma grande busca pelo dinheiro e pelo status, vivido por João Ramão que com o objetivo de enriquecer, constrói e aluga casas até ser proprietário de um cortiço, e ao seu lado, há Bertoleza, uma ex-escrava forte e também ambiciosa, que teve sua carta de alforria forjada por João Ramão, e que confiando nele, por ser branco, para ela uma raça superior, deixa com ele o dinheiro que conseguiu arduamente e passa a depender dele completamente, principalmente depois da proposta que ele lhe faz de morarem juntos.
Contudo, ao fim do livro, João Ramão, por ser avarento e não se importar com o que necessita fazer para conseguir o que deseja, denuncia Bertoleza - que passou por todos os momentos de sua ascensão social - aos seus antigos donos, o que a leva ao suicídio. Ele recebe um diploma de membro benfeitor e como Miranda mantinha as imagens de um homem rico, porém estava falido, resolveram “juntar as infelicidades” e João Ramão

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