O cativeiro da terra
Alguns autores que José de Souza Martins cita em seu livro como autores importantes e que tiveram seus estudos reconhecidos, no que se trata na substituição do trabalho escravo os autores citados por Martins defendem que o trabalho escravo foi substituído pelo trabalho assalariado, ou seja, que as relações patrão e funcionário se tornaram capitalistas que havia a relação de compra da força de trabalho por parte do fazendeiro ao imigrante por meio de salários (fontes monetárias e não monetárias) com a chegada dos imigrantes no Brasil. Essas classificações para Martins se deram de modo equivocado pois os autores foram influenciados em sua escrita pelo momento histórico e político em que viviam e pela imagem que queriam passar com a interpretação desse momento de transição , ele critica as simples nominações sem que haja uma analise profunda sobre o tema em todos os aspectos , para ele esses autores desprezam as relações , tensões e determinações que são expressadas nas relações de trabalho da época do regime de colonato.
O autor defende que a denominação correta para caracterizar o trabalho que veio com o regime de colonato era trabalho livre e não trabalho assalariado , trabalho esse que já era conhecido no Brasil pois os índios que também foram escravizado anteriormente mas que ganharam liberdade depois gerou-se uma população de índios aculturado e mestiços que já exerciam trabalho livre para os fazendeiros.O trabalho livre se diferenciava do trabalho escravo no ponto em que a força de trabalho estava separada do trabalhador , conceitos que se misturam com o escravo já que ele era visto como uma coisa , um bem adquirido pelo fazendeiro , porém eram iguais no que se refere a importância que tem para manutenção da economia fundada na exportação dos produtos tropicais , como o café para os grandes centros , o autor utiliza a expressão “mudar para manter”