O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA

O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA

Obra fictícia de famoso jurista americano, Lon Fuller, de onde se percebe um proposital confrontamento entre o jurisnaturalismo e o jurispositivismo. Esta obra narra um julgamento, no ano de 4299, sobre um homicídio ocorrido em condições singulares, clamando justiça plenamente positivista mas também clemência por justiça naturalista alegando estado de necessidade . Cinco espeleólogos exploravam uma caverna quando foram surpreendidos por um desmoronamento que os aprisionou sem possibilidade de conseguirem sair. Após bom tempo de espera, a familia dos exploradores notificou o secretário da Sociedade de Espeleologia sobre a ausência deles, e, seguindo indicações, várias equipes de socorro foram encaminhadas ao local. O trabalho de desobstrução revelou-se extremamente dispendioso, dificil e demorado devido a novos desmoronamentos que até causaram a morte de 10 socorristas, aumentando a preocupação com o destino dos aprisionados . Após 20 dias de trabalhos de resgate, comunicaram-se com os aprisionados através de um rádio e então foram expostas as situações de ambos os lados. Souberam da falta de alimentos, animais e vegetais dentro da caverna e foi-lhes dito que provavelmente não sobreviveriam por mais 10 dias sem alimento. Perguntaram ao médico se poderiam sobreviver alimentando-se de carne humana e, a contragosto, foi confirmado pelo médico. Um deles, Whetmore, solicitou a opinião de médicos, juízes, autoridades, sacerdotes sobre a possibilidade de um sorteio entre eles para decidir por um a ser sacrificado para alimentação dos demais, mas nenhum dos consultados quis manifestar-se . Depois disto não houve mais comunicação e ao trigésimo segundo dia foram finalmente retirados da caverna quando descobriu-se que um deles havia sido morto para alimentação dos demais. Nas declarações informaram que o morto, Whetmore, havia sido o propositor do sorteio através do lançamento de