O ANTAGONISMO DOS SEXOS NO VESTUÁRIO DO FILME, A JOVEM RAINHA VITÓRIA.
A JOVEM RAINHA VITÓRIA.
Introdução
O trabalho consiste na análise do vestuário do filme A Jovem Rainha Vitória (The Young Victoria, 2009), com base no livro “O Espirito das Roupas. A moda no século dezenove” de Gilda de Mello e Souza.
A história se passa no século XIX, mais precisamente no final da década de 1830 a início da década de 1840, no momento em que Vitória se torna rainha da Inglaterra e nos primeiros anos como soberana. A grande popularização da rainha Vitória será tão grande que anos mais tarde, o período do seu reinado será conhecido como período/era vitoriano/vitoriana.
O século XIX é marcado pelo antagonismo entre os sexos feminino e masculino, segundo Guilda de Mello e Souza (1993, p. 59) “A vestimenta acentuará esse antagonismo, criando, no século XIX, duas ‘formas’, uma para o homem, outra para a mulher.”, para o homem a forma se assemelhara a letra H, para a mulher a forma se assemelhara a letra X.
Vestuário feminino
A moda feminina vai sofrer algumas alterações durante o século XIX, no começo do século as mulheres aboliram os espartilhos, anáguas, e a roupa passou a ser muito simples quase sem formas. O período em que se trata o filme é entre as décadas de 1830 a 1840, nesse momento a moda sofre outras alterações, a cintura volta a ser marcada, não tanto quanto no final do século; mangas bufantes – conhecidas como mangas gigot, eram cheias no topo, pregadas no ombro e estreitas no pulso – e a saia se torna mais completa.
Em meados da década de 1830, as mulheres vão explorar acessórios, como o uso de chapéus, o estilo Bonnet – chapéu de palha campesino, na maioria das vezes eram enfeitados com fitas e flores. Esses chapéus geralmente eram usados ao ar livre. Os vestidos também vão ganhar acessórios com temas românticos, como botões de rosa e cores mais claras; “[...] por volta de 1830 surgem os belos tecidos floridos e o esquema cromático se apura, as cores vivas sem mais