o admirável mundo novo da imprensa

O admirável mundo novo da imprensa nos séculos XV e XVI
O Renascimento foi igualmente assinalado por uma série de inovações que ajudaram os homens a tornarem-se os senhores do Mundo. Uma das mais importantes foi a imprensa, já conhecida na China havia 600 anos, mas até então ignorada na Europa. O primeiro emprego, na Europa, do tipo metálico movem é atribuído ao inventor Hans Gutenberg, natural de Mogúncia (1398-1468), e ao seu associado, o ourives e financeiro Hans Fust. A sua primeira grande obra foi a Bíblia latina, publicada cerca de 1456. Utilizaram papel feito de trapos, um processo introduzido na Europa em 1150, pelos mouros de Espanha.
Em 1500 havia imprensas em 183 cidades europeias. A imprensa levou ao conhecimento de milhares de pescadores de toda de toda a Europa as novas ideias politicas e religiosas. O latim e a Bíblia deixaram de ser monopólio de igrejas, Universidades e abadias. Graças ao uso da palavra imprensa, pensadores como Erasmo, um sábio holandês famoso pelo seu espirito e pela sua inteligência, tornaram-se conhecidos por uma audiência muito mais vasta. O seu Elogio da Loucura, que constituía com ataque aos abusos da igreja católica romana, foi um dos primeiros livros a influenciarem o pensamento de toda a Europa. O impressor tornou-se uma figura importante da sociedade; era também, frequentemente, homem de saber e erudição, como Aldo Munúncio, de Veneza, que imprimiu clássicos gregos e romanos, e João Froben, de Basileia, para quem Erasmo editou o Novo Testamento. A imprensa propagou-se com uma rapidez impressionante pelo vale do Rio Reno e por toda a Europa. Em 1452 e 1470, a imprensa conquistou nove cidades germânicas e várias localidades italianas, bem como Paris e Sevilha. Dez anos depois regista-se a existência de oficinas de impressão em 108 cidades; em 1500, o seu número era de 226.