INCIDÊNCIA DE EVENTOS ADVERSOS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS

INCIDÊNCIA DE EVENTOS ADVERSOS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS

Faculdade Alves Faria

THALITA SAGATI

1- INTRODUÇÃO

Segundo Angerami (2002), em uma situação de hospitalização o indivíduo sente-se invadido e privado do seu espaço vital. A manipulação de seu corpo por estranhos pode parecer quebra de tabus morais e religiosos e uma sensação real de perda do controle sobre seu próprio corpo. Na percepção do paciente a doença e seus sintomas são sentidos como ameaça ou desequilíbrio da integridade biopsicossocioespiritual, sendo assim, os exames invasivos são vistos como uma avaliação da extensão dessa ameaça (MIRANDA, 2004). O cateterismo cardíaco é um método diagnóstico no qual se introduz um tubo comprido e fino (chamado cateter) em um vaso sanguíneo, para se chegar ao coração e determinar se existem bloqueios ou estreitamento nas artérias coronárias (as artérias do coração) e também para verificar com precisão como estão funcionando as válvulas cardíacas e o músculo cardíaco. (MANGIONE, 1976, P. 2). Se por um lado os problemas físicos e mecânicos do coração são melhorados, por outro, há também um aumento da insegurança emocional desses pacientes devido a um contexto de tensões históricas acerca do papel desse órgão e a ambivalência entre a sensação de onipotência e o medo advindo da insegurança que conflita sobre a estrutura psicológica das pessoas. (VARGAS, 1983. Citado por ROMANO, 2002, P.42).
Angerami (2003) relata que podem ocorrer diversas alterações emocionais nesses pacientes no momento que precede o exame, dentre as destacadas por ele aparecem à hostilidade e o conformismo.
Quando a hostilidade aparece, pode dar indicio de descontrole sobre a impulsividade, bem como a noção que a presença do outro é tida como invasiva ao paciente e a aparente força proporcionada pela hostilidade pode indicar fragilidade, sendo uma forma de resposta reativa frente à situação ameaçadora (ANGERAMI, 2003, p.44).
Já o conformismo