A ética e o moral

Qual é a análise que fazem sobre a situação? Concordam com a publicação de matérias desse tipo nos jornais? Ou deveríam silenciar quando o assunto envolver questões religiosas? Acham que as denúncias atentam contra as liberdades religiosas? Acreditam que a estratégia de processar o jornal por todo o país, dificultando sua defesa, é legítima? Acham legítimo o judiciário servir de meio para disputas políticas, econômicas ou religiosas?

Esse tipo de matéria deve ser publicado normalmente. Houve uma suspeição de enriquecimento ilícito e esta deve ser investigada independente do envolvimento com questões religiosas.
Considero impossível ser o extremo de conduta ética e moral. Mas quando a infração da ética e da moral atinge o outro, da maneira do caso em questão, caracteriza-se um crime grave, abominável.
Além disso, como estão espalhados por todo o Brasil, possuem o poder de atingir milhões de pessoas em curtíssimo espaço de tempo. É claro que se trata de uma tentativa de intimidar a imprensa. Esse tipo de coisa está virando uma mania em certas organizações: junta-se um grupo de pessoas, e todas entram com ações individuais contra o jornal ou o jornalista: para intimidar, para chatear, para lhes “aplicar uma lição”. Em suma: litigância de má fé. Estão querendo usar a Justiça como lugar de chicana.

Cuidado quando se referir, sei lá, ao maldito trânsito de São Paulo, ao calor desgraçado de Teresina ou ao ar insuportavelmente seco de Palmas. E se os paulistanos, os teresinenses e os palmenses se sentirem ofendidos? O tal que processou a Folha afirmou que ele estava sendo alvo de chacota e atribuiu o fato à reportagem, que mostrava o notável desempenho empresarial de Macedo. E por que ele não processou, então, quem o estava