A Vida E Luta Do Mahatma Gandhi
Há sessenta e seis anos foi assassinado o Mahatma Gandhi, um dos maiores defensores dos direitos humanos e uma das mais fantásticas e cultuadas personalidades do século XX.
Figura carismática e profundamente humana que liderou milhões de seguidores e, sem usar armas, conquistou a independência da Índia e tornou-se o pacifista mais notável da História.
Foi na Inglaterra que Gandhi entrou em contato com muitas influências fundamentais na formação de seu pensamento. Foi lá que ele conheceu através da leitura o Bhagavad-Gita
(Canto do Bem-Aventurado) no qual ele encontrou o conceito de ahimsa (não violência) que marcaria toda a sua trajetória. Também foi na Inglaterra que ele teve contato com o
Cristianismo, afeiçoando-se aos Evangelhos, especialmente ao Sermão da Montanha. Gandhi também recebeu muitas influências do ocidente que marcaram o seu pensamento e suas ações, como as idéias de John Ruskin sobre a glorificação do trabalho, de Leon Tolstoi sobre a sabedoria cristã e de Henry David Thoreau em cujo pensamento ele inspirou a “resistência pacífica”. É importante ressaltar que a resistência pacífica ou não-violência não era passiva, ela era ativa e provocativa. Seus adeptos não concordavam em se submeter ao mal e estavam dispostos a dar suas próprias vidas, se necessário fosse, para provar que estavam do lado do bem e da justiça. Foi através dessa resistência que o Império Britânico constatou a obstinação e superioridade moral do povo Indiano oprimido. Em 1906, pai de quatro filhos, Gandhi fez um voto celibatário, com a finalidade de aumentar o autoconhecimento e aproximar-se de Deus.
No mesmo ano lançou a doutrina do Satyagraha, forma de protesto revolucionário, freqüentemente traduzido como: “O caminho ou a busca da verdade”. Segundo Gandhi, esse método exigia muita ação e coragem. A não violência significava: Protestar sempre, revidar nunca (muitas vezes significava apanhar quieto da polícia). A regra era se recusar a seguir leis
injustas,