A sociologia positivista de Comte e Durkheim

A sociologia positivista de Comte e Durkheim

Partindo e aceitando a ideia de que toda teoria e método sociológico respondeu à um contexto, delimitado por acontecimentos históricos e as perspectivas científicas dos autores, um aspecto comum aos clássicos da sociologia é o de que se referiram ao período de formação e expansão do capitalismo e dialogaram com as revoluções industrial (1750 - ...) e francesa (1789 -...). A sociologia positivista ou 'física social' teorizada por Auguste Comte (1798 – 1857) marcou o início da gestação de uma ciência que nasceu em um ambiente que passava por mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais. O sistema que se formava abarcava, principalmente, os interesses do grupo social capitalista – burguês que já havia acumulado dinheiro com o comércio mas ansiava por fraternidade e liberdade, frente à Igreja e também desejava construir um Estado que incentivasse e desenvolvesse as ideias capitalistas. Alcançada as posições almejadas pelo grupo social capitalista que se formara, principalmente a revolução social e política francesa, influenciada pelos ideais iluministas, deveria estacionar para que a realidade fosse reordenada, reorganizada e as mudanças pudessem ser previstas. Nesse sentido o conhecimento serviria para possibilitar o controle social. Assim, é com essa preocupação de fazer vigorar uma ordem social para que a sociedade capitalista funcione e se desenvolva que o positivismo foi criado. A filosofia iluminista negou a ordenação e organização da sociedade feudal mas se a revolução continuasse o sistema capitalista não se firmaria e, por isso, suas consequências foram entendidas por Comte como desordem. Para haver ordem a 'física social' deveria estabelecer as leis que regem os fatos sociais e sair desse estado metafísico. Inicialmente Comte instituiu como método a observação, experimentação e classificação, semelhante ao das ciências naturais. Equilibrar a sociedade nova e fazer os indivíduos aceitarem a