A representação das identidades no conto o homo poder da violência e a violência do poder nas relações de gênero
Tânia Maria Dantas Flores
Professora de Língua Portuguesa e Redação, Comunicação e Informação, do ensino técnico e superior do IFBA - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnolçogia da Bahia - campus Santo Amaro. Email: taniaflores@ifba.edu.br
RESUMO: Este trabalho tem por objetivo traçar o percurso histórico acerca do processo de construção de identidade da mulher – desde a completa servidão e negação da sua condição de sujeito até as mais novas conquistas, como a Lei Maria da Penha e a ONU Mulheres. Essas reflexões perpassam toda a caminhada da mulher na sua luta contra o assujeitamento pela violência, que lhe foi imposto, desde as suas primeiras e tímidas conquistas no mundo do trabalho até as estratégias por ela adotadas para adentrar o fechado mundo da Literatura e o espaço público, até então, restritos aos homens e, dessa forma, compreender os processos pelos quais a mulher foi “coisificada” através de teorias fundamentadas nas diferenças biológicas e, do mesmo modo, como se deu a desconstrução dessas representações sociais a partir do apagamento da dicotomia das relações homem X mulher, na perspectiva das diferenças biológicas. Assim, busca, também, compreender como o conceito de gênero, introduzido nas academias brasileiras a partir da década de 70, pelas pesquisadoras feministas, apresenta uma proposta de desconstrução dessa polaridade feminino/masculino enquanto representações ideológicas e sociais, construídas a partir de valores baseados na superioridade do “macho” e como essa proposta contribui para o processo de ressignificação da mulher em todos os setores do tecido social, ou seja, a [des]construção dessa identidade de servidão e a [re]construção de uma identidade legitimada pelo direito à cidadania e à condição de igualdade. A compreensão desse percurso faz-se necessária para que se possa compreender como a sociedade – principalmente o sistema judiciário – lida com as